O processo de Coaching para Executivos e Lideranças de alto nível começou a se desenvolver e disseminar na Europa e nos Estados Unidos na década de 1980. O Coaching em Grupo para desenvolvimento de projetos e de atitudes de liderança começou a ser realizado a partir da década de 1990. No Brasil, apesar da sua prática já ser uma realidade em algumas localidades, ainda se trata de uma modalidade do Coaching que necessita de maior aprofundamento e exploração.

O trabalho em grupos é indiscutivelmente enriquecedor e capaz de promover o crescimento individual e coletivo de maneira abrangente. O Coaching em Grupo preserva a estrutura do Coaching, trabalhando questões do grupo apontadas pelos próprios integrantes e/ou pelo cliente contratante (por exemplo, uma organização de qualquer setor que deseje desenvolver o trabalho de uma equipe sua, seja ela de lideranças ou não). Ainda que haja aspectos/temas específicos a serem trabalhados em prol de uma meta grupal/organizacional, o conteúdo que emerge do grupo no momento é sempre considerado.

Nesse sentido, o preparo do profissional para lidar com grupos é fundamental. Não se trata de treinamento, aconselhamento, orientação, não se trata de saber aplicar “dinâmicas de grupo” diversas, mas sim de ser facilitador, condutor, apoiador, das pessoas naquele grupo a sair de um estado atual X e chegar em um estado desejado Y. É preciso ter experiência e prática no lidar com as questões, as dinâmicas, as particularidades de um grupo, desde o seu surgimento até o seu amadurecimento. É preciso saber perceber o momento do grupo para levá-lo ao seu máximo potencial, através de descobertas individuais e coletivas.

O Coaching em Grupo é voltado para resultados, reunindo pessoas com interesses em comum, ou que querem aprender a conviver, pensar, aprender, decidir e trabalhar juntas, estimulando-as a liberar seus potenciais coletivos de aprendizagem, pensamento, criatividade e inovação. Ao longo do processo, inevitavelmente, libera também os potenciais individuais, promovendo o crescimento dos indivíduos e do grupo como um todo. O foco está em trazer à tona o potencial das pessoas e potencializar a sua inteligência criativa.

Considerando que um grupo[1], para se constituir como tal, precisa envolver pessoas com um objetivo comum, interligadas e interdependentes para o seu alcance. O desenvolvimento do grupo através das suas diferentes fases exige maturidade e envolve diversos processos e fenômenos grupais, tais como: comunicação, liderança, conflitos, tomadas de decisão, etc.

Equipes eficientes e autodirigidas não surgem por acaso e não são tão comuns quanto se gostaria. Elas precisam ser desenvolvidas, empoderadas, refinadas e mantidas. Para concretizar a visão de equipe eficiente é preciso ter líderes de alta qualidade no grupo, que saibam como unir as pessoas, que possibilitem que se organizem, de modo que criem a sinergia necessária para levarem as pessoas a irem além da cooperação até a colaboração completa.

Existem diversas modalidades de Coaching em Grupo, cada uma se adequando à necessidade e ao objetivo de cada cliente/empresa contratante. Pode-se trabalhar com um grupo de pessoas do mesmo setor, de modo a permitir um departamento como um todo desenvolver as suas habilidades e competências, ampliar o seu desempenho, a sua eficiência e a sua produtividade como grupo. Há também o Coaching em Grupo cujo foco é sobretudo corporativo, ou seja, voltado para a cultura, para a estrutura e o desenvolvimento organizacionais, e o coaching voltado para a transformação de um grupo produtivo em uma equipe de alto desempenho. E pode-se, ainda, trabalhar com pessoas que tenham objetivos profissionais semelhantes em grupos de encontro que busquem aprendizado, crescimento, desafios, desenvolvimento de negócios, preparação para liderança, para a transição de carreira, para aposentadoria, etc.

Conforme já expusemos em diferentes momentos aqui no blog, consideramos o trabalho de grupo um grande diferencial para pessoas e profissionais que desejem desenvolver competências e habilidades diversas, sobretudo as sociais e interpessoais. Afinal, o ser humano é um ser social e quase tudo o que realiza é por meio de outras pessoas. O Coaching em Grupo, nesse sentido, contribui para reforçar as relações, a compreensão do outro e, através da troca de experiências e vivências, leva as pessoas a transcenderem suas identidades individuais e a construírem uma identidade coletiva que libera ainda mais os potenciais de cada um e do grupo como um todo.

Dentre os principais objetivos do Coaching em Grupo, encontram-se: a) Solução de um problema/questão em particular (resolução de conflito, habilidade para resolver problemas, criatividade, ajudar crianças que sofrem bullying, aprender como ser resiliente diante das dificuldades, etc.); b) Desenvolvimento de uma habilidade ou recurso específicos (gerenciamento, liderança, empreendedorismo, etc.); c) Aprimoramento da maturidade grupal, levando-o a alcançar elevados desempenhos e a autogestão; d) Aprendizado de um recurso específico formativo ou educacional para desenvolvimento do grupo.

Independentemente do seu formato, o Coaching em Grupo apresenta inúmeros benefícios e vantagens de um trabalho de grupo com foco em resultado, desenvolvimento e desempenho. Além da própria dinâmica dos processos grupais constituir-se em fonte de crescimento, o Coaching em Grupo pode ainda trazer como benefícios:

• Aproximar as pessoas, alinhando a visão, a missão e os valores da organização;
• Acionar e efetivamente utilizar o conflito criativo para gerar ideias e facilitar melhorias e inovações, reduzindo conflitos desnecessários;
• Melhorar as competências sociais e interpessoais, promovendo um maior entendimento entre as pessoas;
• Promover a retenção de talentos, de modo que sejam capazes de trabalhar efetivamente e aproveitar as experiencias;
• Oferecer vantagem competitiva às organizações, ao desenvolver grupos efetivos;
• Desenvolver equipes autodirigidas, colocando o gerenciamento das tarefas e das relações nas mãos dos membros da equipe;
• Melhorar a qualidade do trabalho de equipe, o relacionamento e o clima organizacional;
• Desenvolver liderança executiva de equipe que trabalha efetivamente unida, “sem a usual politicagem” que posiciona os gerentes seniors uns contra os outros;
• Eliminar o antagonismo que cria a mentalidade de isolamento nas organizações;
• Facilitar a introdução de uma cultura de coaching em uma organização;
• Formar os participantes a serem coaches das suas equipes.

O processo de Coaching em Grupo é, geralmente indicado em organizações diversas para um trabalho com as lideranças intermediárias ou setores específicos de maneira integral, já que com a liderança mais próxima ao topo da hierarquia, o mais interessante é que seja realizado o Coaching Executivo. É importante ter em mente que o Coaching em um processo que deve acontecer “de cima para baixo”, ou diversas ações idealizadas por profissionais da operação podem ser barradas por lideranças incompreensivas e que não se submetem elas mesmas ao processo de desenvolvimento das suas competências e metas profissionais/organizacionais.

Outra importante vantagem do Coaching em Grupo, de acordo com os próprios clientes, seria o seu custo-benefício, uma vez que os valores individuais se tornam mais acessíveis nesta modalidade do que seria nos casos de Coaching de Vida, Carreira e, sobretudo, o Executivo.

Caso você tenha interesse em levar para a sua empresa o processo de Coaching em Grupo, e gostaria de saber mais detalhes, entre em contato através do e-mail: contato@carinefranca.com.br. Mas, se o seu desejo é particular e envolve participar de um Grupo de Coaching em alguma temática específica, deixe-nos um comentário abaixo ou envie-nos uma mensagem com os seus contatos e a sua sugestão. Ficarei feliz em agendarmos um encontro pessoalmente para melhor esclarecer os detalhes e alinhar os objetivos do e para o grupo.

Sugestão de leitura:

HALL, L. M. Coaching de Grupo e equipe: Meta-Coaching. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2014.

[1] Na literatura costuma-se perceber divergências de opiniões quanto a diferenciar  grupos e equipes de trabalho. Seriam diferentes ou, no final das contas, seriam a mesma coisa? Na verdade, para aqueles que acreditam tratarem-se de conceitos diferentes, as equipes seriam um estágio mais avançado dos grupos, como num continuum de evolução. Entretanto, adotaremos a vertente de que grupos e equipes correspondem ao mesmo conceito, pertencendo a um continuum, mas com fases de desenvolvimento mais ou menos avançadas, indicando maior ou menor maturidade do grupo.